Um momento de mobilização, o mundo inteiro parado, a maior festa digital anual começou.
No dia 04 de dezembro, saiu o Wrapped, o evento do Spotify mais esperado pelos apaixonados por música. Finalmente é chegada a hora onde cada frequência que vibrou nos nossos ouvidos durante o ciclo da terra ao redor do sol são expressos através de cards compartilháveis nas redes sociais. Desde Korn até Momoko Kikuchi, Aphex Twin a Chitãozinho e Xororó, Machine Girl a 2 Chainz, 100 gecs a Roberto Carlos.
Vou aproveitar o espaço para recomendar os artistas que mais ouvi neste ano, no aplicativo de música mais famoso do Brasil. Por ordem:
Massive Attack: Minha grande obsessão, escrevi sobre aqui. / Recomendação: “Five Man Army”
JPEGMAFIA: A causa foi o “SCARING THE HOES”, álbum lançado em 2023, que só neste ano caiu no radar, ouvi dos pés a cabeça, som distorcido, lotado de samples e referências, foi amor à primeira ouvida. / Recomendação: “God Loves You”
KAYTRANADA: Pelos remixes, em especial, “Neverender” do Justice com Tame Impala, que ficou no repeat e com todo respeito, bate na original pelo groove. A discografia inteira é sólida e autêntica, de reconhecer o som a quilômetros de distância. / Recomendação: “Neverender (KAYTRANADA Remix)”
The Prodigy: Muito mais que “Smack My Bitch Up”, presente na trilha sonora de várias obras do cinema como Resident Evil (2002), The Matrix (1999) e T2: Trainspotting (2017). Por aqui, o famoso álbum do caranguejo, “The Fat of The Land (1997)” foi inteiramente desmiuçado, ótimo som, big beat/breakbeat que ensinou muita gente, aliás, assista a um live deles, maluquisse total. / Recomendação: “Serial Thrilla”
Quarteto em Cy: Cyva, Cynara, Cybele e Cylene. Na década de 60, quatro jovens mulheres cantando em uníssono, interpretavam versões de músicas da MPB. Tudo virava ouro, como um toque de Midas onde o material original não era ruim, só não chegava a altura delas. / Recomendação: “Barco Fantasma”
Por mais que o Spotify apresente uma glamourização em cima dos nossos 365 dias escutando música, outros aplicativos já apresentam as estatísticas do Wrapped, não sendo necessário esperar uma data específica.
No Last.fm, por exemplo, se conectado ao Spotify, apresenta informações ainda mais completas, só não fornece cards bonitinhos para compartilhar nos stories no final do ano. De qualquer forma, ele é interessante e uso as vezes, reconheço que a sua golden era já passou, a ideia de scrobbles que ele proporciona, já se encontra na maioria das plataformas nativamente — no Spotify, as playlists Mais Tocadas do Ano, Máquina do Tempo, e No Repeat — mas o senso de comunidade do Last.fm é superior e o algoritmo é todo pensado para sempre descobrir algo novo.
E agora? O que vem depois? Qual vai ser a nossa próxima conexão massiva?
Só nos resta esperar.
Até mais!
Ernesto J.
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